DESCOBRINDO A CIDADE
Centro Israelita
Alexandre Góis
Mazel Tov! é uma expressão judaica para "congratulações" ou "felicitações". Um
modo de expressar parabéns. É quase uma interjeição, dita quando alguém nos conta uma boa notícia.
Lembrei disso porque, no último dia 14, aconteceu a reinauguração do Centro Cultural
Israelita Brasileiro - Santos (CCIB-Santos), na Avenida Conselheiro Nébias, 254.
Conheço bem o lugar. Aos 12 anos, entre 1986 e 1987, freqüentei aulas de Hebraico e
Cultura Judaica com o estimado professor Sidney que, soube recentemente, está vivendo nos Estados Unidos. Tenho um razoável conhecimento da cultura,
mas, infelizmente, foi pouco tempo para aprender substancialmente o idioma. Sei identificar as letras, dizer algumas palavrinhas e olhe lá.
Não sendo de ascendência judaica, o que me despertou para a história do povo hebreu
foi a descoberta do trabalho de duas personalidades absolutamente fascinantes: Elie Wiesel, escritor e Prêmio Nobel da Paz em 1986, e Isaac Bashevis
Singer, o maior escritor do Iídiche (idioma usado pelos judeus da Europa Oriental) do século XX, também ganhador do Prêmio Nobel, só que de
Literatura, em 1978. Os dois, digamos, foram o ponto de partida para os meus estudos sobre o amplo universo judaico, o folclore, a tradição e,
principalmente, a cultura das shtetl (pequenas aldeias) da Europa Oriental.
Fundado em 1969, a história do Centro Israelita é muito mais antiga. Começa com o
primeiro núcleo judaico de Santos, a Biblioteca Bnei-Sion, fundada em 1922. Depois disso, a Cidade ainda teve os antigos Canaã Clube e Centro
Cultural unido Chaim Zitlowski, que se fundiram para dar origem ao CCIB-Santos.
É muito bom saber que o espaço está de volta, novinho em folha. Fica aqui o registro
desta boa notícia. Para todos os amigos do CCIB-Santos, diante da boa nova: parabéns, ou melhor: Mazel Tov! |