Cartaz francês de divulgação do filme
Foto: reprodução, publicada com a matéria
SE TODOS OS HOMENS DO MUNDO...
SI TOUS LES GARS DU MONDE...
Este filme expressa muito bem o que é o Radioamadorismo.
A Filmsonor S.A. distribuiu internacionalmente este filme francês da "Ariane-Filmsonor-Francinex", tendo na ocasião sido editado o seguinte texto
informativo, no catálogo da "unifrance film", 2º trimestre de 1955, página 32:
RESUMO DO ROTEIRO: No Mar do Norte, a tripulação de um barco pesqueiro é acometida de botulismo, doença provocada pela ingestão de carne
deteriorada. Uma mensagem de socorro, irradiada em ondas curtas, é captada por um radioamador do Togo, que a transmite a um médico que estava em um
safári pela floresta. Somente a aplicação de um soro pode salvar a tripulação. É necessário que este soro chegue ao barco pesqueiro num prazo de no
máximo quinze horas.
Desde Togo, conseguem contato com um radioamador da região parisiense. Ele corre até ao Instituto Pasteur, onde obtém o soro e providencia para que
um avião faça-o chegar até ao barco. No aeroporto de Bourget, um avião polonês recebe a preciosa encomenda. Por ser polonês, este avião aterrissa em
Berlim Oriental, e o oficial americano avisado para receber o soro e embarcá-lo num avião que vai para Copenhague, não consegue fazê-lo a tempo. Os
russos, informados do assunto, deslocam um avião em voo especial até a Dinamarca. O clima de ansiedade é geral.
Um avião francês leva o soro até Oslo, onde o piloto norueguês irá lançar de paraquedas o pacote com o soro, no barco pesqueiro. A bordo, somente um
norte-africano, que não comeu a carne de porco, está bem de saúde. É ele que nada e resgata o pacote que cai no mar. A tripulação se salva...
ELEMENTOS CARACTERÍSTICOS: Inspirado num programa radiofônico de Jacques Rémy, “Não deixe de ouvir”, este magnífico tema traz à tona uma das mais
nobres virtudes do ser humano: a solidariedade; sua ação desinteressada para vir em socorro do seu semelhante.
Objetivando dar o estilo despojado de uma reportagem da atualidade, Christian-Jaque rodou este filme em preto e branco, na maior parte no mar, um
local neutro, que une países e continentes movidos pelo espírito de ajudar. Nenhuma atriz famosa; nada mais que homens que conviveram algumas
semanas à bordo, e onde ele apresenta seus personagens sem maquiagem; na plena realidade.
Após os filmes espetaculares destes últimos anos, este filme marca uma mudança significativa nas obras de Christian-Jaque. Equipe técnica de
primeira ordem. Um filme destinado a ter grandes plateias, que o merecem.
Este filme foi apresentado, em Porto Alegre, em junho de 1957 no Cinema Ritz; em julho de 1957 entra em circuito nos Cinemas Continente, Rosário,
Ritz e Marrocos; março de 1958 é reapresentado no Cinema Guarani e, em agosto de 1959 tem sua última apresentação no Cinema Ópera. Atualmente existe
só o cinema Guarani.
Informações pesquisadas na Cinemateca P.F.Gastal, prédio do SENAC, Rua Coronel Genuíno, 130 - Porto Alegre-RS.
Colaboração: IVAN DORNELES RODRIGUES - PY3IDR - email:
ivanr@cpovo.net
Capa - Dirceu C. Cavalcanti - PY5IP - email:
py5ip@50mhz.com
Cartaz francês de divulgação do filme
Foto: reprodução, publicada com a matéria
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