Monte Serrat, em vista aérea
Foto: Secom/Prefeitura Municipal de Santos
A primeira e mais recuada denominação do conhecido morro santista, já encontrada, ao que consta, pela gente de Martim Afonso, foi a de Morro de São Jerônimo. Depois,
pela utilização dada ao seu ponto mais alto, de posto de observação do mar e da entrada da barra, passaram a chamá-lo Morro do Vigia e finalmente Morro de Braz Cubas, depois que, elevado a capitão-mor, em 1545, Braz Cubas foi morar em
sua encosta do Norte, em terras adquiridas a Pascoal Fernandes naquele mesmo ano.
Procissão de Nossa Senhora do Monte Serrat em 8/9/2002
Foto: António Vargas/Decom-PMS
A denominação Monte Serrate só apareceu a partir de 1604, após a construção da Capela de Nossa Senhora do Monte Serrate, em 1603, pelo governador de São Paulo, Dom Francisco de Souza, devoto daquela santa.
Apesar disso, tanto a denominação de Morro de São Jerônimo, como a de Morro do Vigia, tiveram algum uso durante os séculos a seguir; e, ainda no século XIX, a selada de Oeste, que o
liga ao atual Morro do Fontana, onde foi construído o terceiro Hospital da Santa Casa da Misericórdia, e onde abriram os túneis de comunicação com o Jabaquara, foi chamada de São Jerônimo Pequeno.
No princípio do século XX, construíram, no alto deste morro, um grande edifício, com terraços superiores, mirante, e um cassino de jogos e diversões, fechado desde a chamada "catástrofe do
Monte Serrate", o grande desmonte de terras de 10 de março de 1928, causando vários soterramentos e mortes, que se atribuiu, com ou sem razão, à trepidação excessiva e contínua, produzida pelos elevadores elétricos da Empresa Monte Serrate, que
explorava aquele gênero de transporte e o edifício de restaurante e cassino, onde ficavam os grandes motores e roldanas de tração.
Nossa Senhora do Monte Serrate sempre foi considerada padroeira de Santos, até mesmo antes de ser oficializado o seu culto; e suas festas, realizadas todos os anos, a 8 de setembro, com a
duração de uma semana, sempre levaram enormes multidões ao cume desse morro tradicional.
O nome indígena deste morro, se algum dia existiu, não ficou nos documentos nem na tradição oral dos povoadores, razão por que, hoje, é ele totalmente ignorado.
Capela de Nossa Senhora do Monte Serrat
Foto: Secom/Prefeitura Municipal de Santos
Quermesse do Monte Serrat em 6/9/2002
Foto: Cândido Gonzalez/Decom-PMS
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