No final da década de
1970, uma verdadeira febre musical tomou conta da juventude brasileira: era a época áurea das discotecas, reforçada em 1978 pela novela
Dancin'Days (de Gilberto Braga, transmitida pela Rede Globo de Televisão de 10/7/1978 a 27/1/1979). A música popular brasileira (MPB) já virando
cult e o rock nacional, com grandes grupos e cantores, disputavam espaço com a agitada música eletrônica dançante norte-americana.
Nos embalos de sábado à noite - aliás título de filme e
música famosa -, a turma jovem em Santos também se divertia, e um dos lugares preferidos era o antigo salão da Associação
Atlética dos Portuários de Santos, ainda na Rua Xavier Pinheiro, 62, no Macuco (o contrato para a edificação das instalações no Marapé só seria
assinado em 1979), onde os dois gêneros tinham seu lugar e público. Nesse local, em 1978, era criada pelo clube a discoteca Blue Star Discothèque.
Que, diferentemente do que ocorria no filme, funcionava aos domingos, das 20 às 24 horas, com grande afluência de público.
As fotos destas páginas foram enviadas a Novo
Milênio pelo internauta Vitor Dias, em
17/11/2008, e mostram a Discoteca Blue Star (a estrela azul sempre foi o símbolo dos portuários santistas) em plena ferveção (expressão
bastante comum então):
Fotos enviadas a Novo Milênio por Vitor Dias
Vitrolas pick-ups, gravador para
rolo de fita magnética (marca Akai, considerada a melhor), reprodutor Technics de fitas K-7 (cassete), discos de vinil: os equipamentos de som
analógicos que embalavam as noites santistas de 1978, manipulados pelos disc-jockeys (DJs) em lugares como esta cabine de som do clube
Portuários (que ficava atrás do palco), são provavelmente ilustres desconhecidos para os jovens baladeiros da geração seguinte, que já nasceu sob o
signo da música digital e talvez nem saiba o que sejam DJs, pois suas festas são animadas por cantores de funk conhecidos por MCs - "mestres
de cerimônias" - e outros apelidos:
Fotos enviadas a Novo Milênio por Vitor Dias
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