Um dos nomes de vias comuns em cidades litorâneas antigas
foi dado, por razões óbvias, à que chegava à "praia", ou melhor, ao Porto do Bispo. A Rua da Praia,
depois denominada Rua Tuiuty, era vista assim em 1865, quando foi feita esta foto por Militão Augusto de Azevedo:
Rua da Praia, em foto de Militão Augusto de Azevedo
(albúmen com 12,0 x 17,1 cm, no acervo do Museu Paulista)
Imagem reproduzida no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de
Azevedo, de Gino Caldatto Barbosa (org.), Magma Editora Cultural, São Paulo/SP, 2004
Sobre o local e a foto, comentou o arquiteto Gino Caldatto Barbosa, no livro
Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, em 2004:
"Em meados do século XIX, a Rua da Praia era um
segmento viário de pequena extensão que contornava o estuário no setor compreendido entre os portos do Bispo e do Consulado. Região estruturada em
consonância com o crescimento da zona portuária para a face Oeste da cidade.
"O trecho observado próximo ao cruzamento do Beco do Consulado, com o edifício da
Alfândega velha ao fundo, já existia desde o início do século XVIII, delineado por casinhas térreas enfileiradas e de telhado contínuo. Edificações
mais tarde ampliadas, cuja reforma acrescentou um pavimento ao conjunto, acarretando certo ar monumental, na época admiradas como a arquitetura
civil de maior expressão da cidade, notadamente constatada na perspectiva obtida pelo fotógrafo.
"No álbum do Museu Paulista, a imagem identificada como 'rua do Rosário lado da
igreja 1862', manuscrita possivelmente por Militão, denuncia o equívoco comum a outras legendas, que não correspondem à paisagem retratada".
Detalhe da foto permite vislumbrar o antigo edifício da Alfândega, junto ao cais
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