BICO-DE-PENA
Desenhos de Francisco Carballa [98]
O professor Francisco Carballa registrou no papel, com lápis e
caneta esferográfica, imagens de uma cidade que aos poucos foi desaparecendo, com ênfase nos detalhes arquitetônicos, característicos de um encontro de
culturas que se manifestou na primeira metade do século XX.
São edificações de uso comum, comerciais e residenciais, muitas delas demolidas,
raramente preservadas, e que nesses detalhes captados pelo professor revelam aspectos curiosos de uma época já desaparecida. Quando existente, a linha
do bonde é registrada nos desenhos, e uma marca registrada desses trabalhos costuma ser a existência de um vidro quebrado numa janela, sempre da mesma
forma:
Rua Dr. Cochrane, 165 e 167. "Conjunto de dez residências idênticas, com características neoclássicas
e arte do final do século XIX. Essa solução arquitetônica foi comum até 1920, quando caiu em desuso. Reside no número 165 dona Carmem Marques, desde
1962, sendo que a maioria das fachadas foi descaracterizada ou a construção demolida, ameaçando ruir, seus batentes de madeira apodrecidos sendo
trocados com portas e janelas. Pela frente delas passava Maria Maracajá (Fantasma do Paquetá), como dona Elvira Lopes afirma ter
visto, desde uma das janelas" (12/2/2013). Também registrada a casa 161
Imagem cedida a Novo Milênio pelo autor, o professor
Francisco Carballa
O local em março de 2011, visto pelas câmeras do
programa Street View (acesso
em 24/3/2013)
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