Da Reportagem

Esta é a segunda vez que a Prefeitura tenta reativar o sistema de transporte de bondes como atração turística. A primeira ocorreu na Administração Paulo Barbosa, em 10 de junho de 1984, com a reinstalação da Linha 13, que teve seu trajeto limitado.

  Originalmente, o serviço ligava Santos (a Ponta da Praia) a São Vicente (Praça do Correio), mas nessa versão, o carro percorria só a Avenida Bartolomeu de Gusmão (praia), da Igreja Santo Antônio do Embaré até o Canal 5.

  O bonde chegou a atrair cerca de 6 mil pessoas diariamente, em seus primeiros meses, conforme reportagens de A Tribuna da época. O percurso, de 1.800 metros, era feito em cerca de 10 minutos.

  A retomada do serviço foi atribuída aos esforços dos jornalistas de A Tribuna Antônio Aguiar e Áureo de Carvalho, respectivamente setoristas (repórteres especializados) de Abastecimento e de Trânsito e Transportes. Nos meses anteriores, a dupla produziu uma série de 16 reportagens defendendo a reinstalação do equipamento.

  Apelidada de Bonde do Barbosa, a atração não sobreviveu à política e à sucessão municipal. Com a eleição de Oswaldo Justo (uma semana antes da volta do bonde), o bonde não teve seu percurso ampliado (até o José Menino e a Ponta da Praia, conforme projeto) e nem recebeu manutenção.

  Em 4 de fevereiro de 1987, foi retirado de circulação. Sob protestos de moradores da região, a CSTC carregou o veículo, dando a desculpa que seria ‘‘reformado’’. Atualmente, o carro serve como balcão de informações turísticas na Praça das Bandeiras, no Gonzaga.

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