Foto cedida pelo pesquisador norte-americano
Allen Morrison, de New York/EUA
As fotos desta página (as duas primeiras da coleção do pesquisador
Allen Morrison, de New York, a terceira de autor não identificado) mostram os bondes elétricos circulando em
diferentes lugares da capital paraibana, que até 1930 era denominada Parahyba do Norte.
Foto cedida pelo pesquisador norte-americano
Allen Morrison, de New York/EUA
A Ferro Carril Parahybana, organizada pela firma alemã Orenstein & Koppel, inaugurou em
6/6/1896 a primeira linha de bondes com tração animal, entre a estação ferroviária e a Praça Vidal de Negreiros. A linha foi em seguida ampliada
para Tambiá e em 25/9/1906 o sistema foi vendido ao Estado. Um mês depois, em 21/10, a nova Carris de Ferro de Parahyba abriu uma linha de bondes a
vapor, usando pequenas carroças e locomotivas estadunidenses, de Tambiá à praia de Tambaú.
Quatro cavalos eram usados para puxar os bondes colina acima até a Avenida Guedes
Pereira e em 1908 a companhia adquiriu dois veículos a gasolina ingleses. Eles não entraram em operação, entretanto, pois todas aquelas operações de
bondes foram encerradas pela Empreza de Tracção, Luz e Força em 10/12/1910. Apesar do nome dessa empresa, a cidade não teve eletricidade por muitos
anos. Os bondes a gás entraram em operação em 15/2/1911 e a iluminação pública só chegou à cidade em 1912. O primeiro bonde elétrico foi testado em
24/1/1914.
Foto: autor não identificado
Em 1919, bondes elétricos substituíram os veículos a vapor na linha para Tambaú e os
bondes a gasolina foram desmotorizados e usados como reboques. Os ônibus apareceram em 1927, mas em 1934 uma nova linha de bondes circular foi
construída através do subúrbio de Jaguaribe. Vários novos bondes foram colocados em serviço em 1938 na rota Tambaú e a linha
na Avenida Cruz das Armas atingiu Oitizeiro em 1946, auge do sistema de bondes - quando existiam 22 km de linhas em bitola métrica.
Um novo prefeito iniciou um programa de pavimentação de ruas e fechou o sistema de
bondes em 1958. A cidade chegou a planejar um sistema de trólebus na década de 1970, que não se concretizou.
A viagem pelos trilhos do Brasil continua... |