SANTOS -
BAIRROS - mapa - Macuco
<<-- escolha o retorno
Macuco (1)
Matéria publicada no Diário Oficial
de Santos em 7 de outubro de 2006, página 9:
Bairro do Macuco
Foto: Francisco Arrais, publicada com a
matéria
COMEMORAÇÃO
Macuco completa mais um aniversário
Ele
já foi considerado o maior bairro de Santos e palco de concorridos comícios políticos e manifestações operárias, além de berço de sambistas, atletas
e artistas. Trata-se do Macuco, cuja data de fundação não é conhecida, apesar de tantas histórias. Sabe-se, porém, que sua ocupação teve início por
volta de 1870. De todo modo, o aniversário do bairro será comemorado junto com o da sociedade de melhoramentos, que amanhã completa 12 anos de
existência. "A comemoração oficial será no dia 14, com rua de lazer e muita festa", disse a presidente da entidade, a publicitária Rosana Salzeda.
O Macuco sempre teve vocação residencial com grandes casarios e jardins
frondosos. Com o tempo, o bairro ganhou características de suporte ao Porto, já que abriga firmas transportadoras, armazéns e depósitos de
contêineres. Esse misto residencial e portuário tem agregado ainda um comércio variado e atividades de prestação de serviços. Em 1998, o Plano
Diretor alterou a área do bairro, cujo perímetro hoje compreende as avenidas Afonso Pena, Siqueira Campos e Rodrigues Alves e as ruas João Alfredo,
Xavier Pinheiro e Campos Melo.
Personalidades - Dados históricos indicam que a ave que dá o nome ao bairro,
comum naquela época, era caçada pelo açougueiro Francisco Manoel Sacramento, proprietário da gleba. Ele acabou adotando o nome, repassando-o para os
descendentes. O bairro foi reduto de grandes personalidades, como o ex-lateral Marco Antônio, campeão pela seleção brasileira na Copa de 70; e o
dramaturgo Plínio Marcos, entre outros. Ali nasceram as escolas de samba X-9, Brasil, Império do Samba e o Bloco Oswaldo Cruz.
Grandes times disputaram o futebol de várzea, entre eles Morávia, Paulistano e
Guarani. O bairro abrigou o antigo campo do Jabaquara (na Rua 28 de setembro). Quem não lembra da famosa Corrida São Rizal (numa alusão à São
Silvestre) e as batalhas de confetes na Rua Almirante Tamandaré, ou da fábrica de biscoito Dílis, na Batista Pereira, ou ainda dos deliciosos
pastéis da Família Bragança, na Luiz Gama com Borges? |
Ar de nostalgia "Não
troco o Macuco por nenhum lugar. Aqui ainda tem um ar de nostalgia. Você conhece o dono do bar, da banca de jornais, do açougue, vai em uma vendinha
e conversa com os vizinhos. É muito gostoso de morar", disse o professor de educação física, Jorge Luiz Bragança Maluza, que nasceu e mora no bairro
há 52 anos.
A mesma opinião tem a dona de casa Líria Aparecida Lorena Cardoso, que reside em uma vila de casas, na
Rua Xavier Pinheiro. "Quem bebe a água do Macuco sempre volta", brincou ela, que vive há 32 anos no bairro. "Nasci aqui e daqui não saio. O Macuco
ainda tem um romantismo, as casas, os chalés, as famílias, os vizinhos. Pulei muita fogueira de São João e assisti muitos blocos de ruas", disse.
O bairro hoje conta com o mais alto edifício da região, o Condomínio Horizontal, de 25 andares e 160
apartamentos, na Rua Campos Melo, próximo à Rodrigues Alves. Parte dos Campi da Universidade Lusíada também está no Macuco, que abriga ainda a
Diocese Católica, as igrejas São José e Assembléia de Deus, a Loja Maçônica XV de Novembro, a Codesp, o Museu do Porto, a Pinacoteca Grafée &
Guinle, a Casa da Criança, o Cecom Canto do Macuco, a Sociedade São Vicente de Paulo e as escolas Antônio Passos Sobrinho e Visconde de São
Leopoldo, entre outras entidades.
"Não troco o Macuco por nenhum lugar",
disse Jorge Luiz. A opinião foi endossada por Líria Cardoso, também moradora do bairro. "Quem bebe a água do Macuco sempre volta"
Fotos: Ademir Henrique, publicadas com a
matéria
|
Bairro conta com várias melhorias da Prefeitura
A Prefeitura de Santos coloca equipamentos públicos à disposição dos moradores e vem
implementando uma série de melhorias no bairro. Uma das obras marcantes é o projeto de macro-drenagem da Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Seosp),
para ampliar o escoamento de águas pluviais, eliminando os alagamentos, bem como a pavimentação de várias vias. Os trechos entre as ruas Silva
Jardim e Manoel Tourinho e 28 de Setembro e Padre Anchieta já estão prontos. A Seosp trabalha agora nos trechos que envolvem a Rua Luiz Gama, entre
as ruas Manoel Tourinho e Batista Pereira. A próxima etapa será entre as ruas Batista Pereira e 28 de Setembro e, em seguida, na quadra entre a
Avenida Conselheiro Nébias e a Rua Silva Jardim.
Os moradores do Macuco são beneficiados pelo atendimento prestado pela
Secretaria de Saúde no Pronto-socorro da Zona Leste. Em média, são atendidas cerca de 11.300 pessoas por mês. No local, há atendimento de emergência
e urgência, inclusive de traumatologia, odontologia e pediatria. Os moradores também são beneficiados pelo Programa de Agentes Comunitários de
Saúde (Pacs), voltado para ações de saúde preventiva e desenvolvida nos bairros mais carentes.
Na educação, a Prefeitura reconstruirá por completo a UME Professor Antônio de
Oliveira Passos Sobrinho, com três pavimentos e dotados de elevadores e rampas para deficientes. O prédio terá 17 salas de aulas para atender 480
estudantes de educação infantil (zero a cinco anos) e de ensino fundamental. Terá também berçários, vestiários, cozinha, refeitório, auditório,
biblioteca, quadra de esporte, piscina, laboratórios de informática, entre outros. |
|