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HISTÓRIAS E LENDAS DE S. VICENTE
Correio e telégrafo, desde 1905

Só no quinto ano do século XX São Vicente viu instalado seu serviço postal. Meio sécuulo depois, um edifício para os correios vicentinos foi erguido no meio da Praça Coronel Lopes, desfigurando-a, como relata em sua Poliantéia Vicentina (Editora Caudex Ltda., São Vicente/SP, 1982) o historiador Fernando Martins Lichti:


A sede dos Correios em São Vicente, após a realização de trabalhos de restauração
Foto: jornal santista A Tribuna, em 26/11/2004

Correios & Telégrafos em São Vicente

O serviço postal em São Vicente teve início por volta de 1905, sendo a primeira postalista vicentina Dona Isabelinha Teixeira, muito conhecida como D. Isabelinha do Correio, que manteve a agência postal junto à sua própria residência, na Rua Padre Manuel, de onde foi transferida, anos depois, paa a Rua XV de Novembro. Mais tarde, D. Antônia de Oliveira substituiu D. Isabelinha, e a agência postal passou a funcionar na Rua Padre Anchieta. Posteriormente a agência postal vicentina foi entregue a D. Joaquininha Richetti.

Em 1918, a Câmara Municipal de São Vicente recebeu um prédio, em doação, para nele instalar uma escola, a agência postal e a primeira agência telegráfica de São Vicente, prédio esse situado à Rua Capitão-mor Aguiar nº 15.

A Agência Postal Telegráfica vicentina ainda funcionou em outros locais, sendo o último à Rua XV de Novembro, quase na esquina da Rua Ana Pimentel, onde funcionava em precárias condições, com risco até de ser extinta, se a municipalidade não proporcionasse um terreno para a construção de um prédio pelo Departamento de Correio e Telégrafos.

Essa batalha administrativa abalou os meios políticos da cidade, em 1950, até que, como derradeira solução, a Câmara Municipal de São Vicente aprovou a doação da Praça das Bandeiras, para a construção do novo prédio, cujo local, por alta recreação do Prefeito José Monteiro, foi alterado para a Praça Cel. Lopes, sem possibilidade da edilidade discutir a proposta - por absoluta exigüidade de tempo - não lhe restando outra alternativa senão aprová-la, ou ficar sem agência postal-telegráfica em S. Vicente, pois a verba já aprovada para a construção do novo prédio seria transferida imediatamente para outro município.

E assim foi cometido um crime de lesa-patrimônio público, pois S. Vicente deixou de ter a sua segunda mais bela praça (depois da Praça 22 de Janeiro), para assistir impassível o Governo Federal construir um monstrengo em plena Praça Cel. Lopes, onde diziam os engenheiros e órgãos federais, seria erigido um prédio que ornamentaria aquele logradouro público.

E aí está, até hoje, há 30 anos, o "novo" prédio da agência postal-telegráfica, agora Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, como a afirmação através dos tempos, de como se mutilar uma bela praça pública. Restará para os pósteros a esperança de que uma nova agência postal-telegráfica venha a ser construída noutro local e que esse prédio seja demolido, para que a Praça Cel. Lopes volte aos velhos tempos do "Jardim da City" - quando era um oásis de plantas, flores, árvores, com canto das cigarras, dos grilos, dos sapos e dos passarinhos...


Construção do Jardim da City, na década de 40, destacando-se o então novo coreto ampliado 
e à esquerda a sede do Santos Atlético Clube, depois sede do E.C.Beira-Mar
Foto: Poliantéia Vicentina, Ed. Caudex Ltda., São Vicente/SP, 1982

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