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HISTÓRIAS E LENDAS DE S. VICENTE
Padre Paulo na Cellula Mater

Um religioso bastante conhecido na Baixada Santista, que inclui em seu currículo o apoio à criação em Santos de uma escola de samba que leva seu nome, e a realização de programas de televisão, o padre Paulo Horneaux de Moura foi o tema de matéria publicada no caderno especial São Vicente do jornal santista A Tribuna, em 22 de janeiro de 2005:


Padre Paulo diz que sempre desejou ser pároco de São Vicente
Foto publicada com a matéria

CAMINHANDO
Padre Paulo: aposentado, não parado

Fora da paróquia há 13 anos, ele faz trabalho religioso em uma capela no Catiapoã

Aos 79 anos de idade, "bem vividos e bem sofridos", Paulo Maria Horneaux de Moura, o Padre Paulo, como todos de São Vicente e de cidades vizinhas o conhecem, vive em um modesto apartamento de três cômodos, no Centro de São Vicente, tendo como companhia os livros e os santos. Aposentou-se mas não parou. Realiza trabalho religioso numa capela no Catiapoã.

Ao receber A Tribuna para uma entrevista, em uma manhã ensolarada de sexta-feira, ele logo disse: "Fiz questão que viessem à minha casa para que, se um dia alguém falar que o Padre Paulo tinha dinheiro, vocês sabem que é mentira". Dinheiro, realmente, o padre não tem. Mas de que ele é rico, todos podem ter certeza.

A riqueza de Padre Paulo não é mensurável. Mente rápida e inteligente, em menos de cinco minutos de conversa ele conquista "católicos e ortodoxos". E nem precisa falar de religião.

Filho de Paulo Horneaux de Moura e Antonieta Lepetina de Moura, irmão de Clélia (falecida) e Célia, Paulo nasceu em São Vicente, no dia 15 de dezembro de 1925.

Após terminar o ginásio (hoje Ensino Médio) no Colégio do Estado, atualmente Colégio Canadá, em Santos, o caçula da família Horneaux fez o Curso de Sacerdote e Filosofia, no Seminário Central do Ipiranga, em São Paulo.

Depois, seguiu os estudos na Universidade Católica de São Paulo, onde se formou em Teologia e Ciências Religiosas e Eclesiásticas, aos 27 anos. Padre Paulo passou por diversas paróquias, em várias cidades, trabalhou em rádios, ministrou aulas em cursos de Direito de faculdades de Santos e fez cursos de pós-graduação.

ALERTA

"Paróquia onde não há amor fraterno
eu considero uma pequena sucursal do inferno"

Paulo Horneaux de Moura
Ex-pároco de São Vicente

Ministério - "Sempre desejei ser pároco de São Vicente", lembra Padre Paulo. Ele estava na paróquia de São Benedito, em Santos, quando finalmente foi chamado para atuar na terra natal.

Foi também nessa época que conheceu os "primeiros passos da renovação carismática". Há 13 anos, deixou a paróquia, por motivo de aposentadoria.

Apesar de aposentado, ele não parou. Atualmente, realiza trabalho religioso na Capela Nossa Senhora de Fátima, no Catiapoã, às sextas-feiras e aos domingos.

Quem freqüenta o local diz que as missas costumam lotar e os que chegam um pouco mais tarde ficam do lado de fora. No Hospital São José, Padre Paulo também faz missas às terças e quintas-feiras e aos sábados, às 16 horas.

"Talvez não tenha deixado obras materiais", afirma. "Embora o prédio do imóvel ao lado da igreja, na Rua Ana Pimentel, tenha sido adquirido na minha gestão", destaca.

"A maior obra que deixei em São Vicente foi o início da Renovação Carismática Católica e os princípios gerais da Teologia do Amor Fraterno, que é a página mais importante do Evangelho de São João e de todas as manifestações evangélicas do Novo Testamento", ressalta Padre Paulo.

"Para mim, a teologia do Amor é a maior página que nós podemos colocar no coração do povo. Paróquia onde não há amor fraterno eu considero uma pequena sucursal do inferno. São Paulo dizia 'vós sois o templo vivo do Espírito Santo'. Foi isso que procurei deixar na Paróquia de São Vicente: templos vivos".

O padre Paulo faleceu em 23 de janeiro de 2011. Sobre ele, noticiou o jornal santista A Tribuna, em sua versão digital (acesso em 24/1/2011):

Terça-feira, 24 de janeiro de 2012 - 12h49

Adeus
Tristeza e comoção marcam a despedida a padre Paulo

A despedida ao corpo do padre Paulo Hornneaux de Moura no final da manhã desta terça-feira foi marcada por tristeza e comoção. Antes de chegar ao Cemitério Municipal, um caminhão do Corpo de Bombeiros fez um cortejo com o caixão pelas ruas da Cidade. Centenas de pessoas disseram o último adeus a padre Paulo.

Por volta das 9 horas, foi realizada uma missa de corpo presente celebrada pelo vigário-geral da Diocese de Santos, padre Elcio Antônio Ramos, na Igreja Matriz São Vicente Mártir.

O padre estava internado desde o dia 17 de janeiro e foi vítima de um acidente vascular encefálico (AVE). O prefeito Tercio Garcia decretou luto por três dias na Cidade.

Trajetória - Padre Paulo foi ordenado em 6 de dezembro de 1953. Nasceu em São Vicente, em 15 de dezembro de 1925. Filho de Antonieta e Paulo Hornneaux de Moura, era o único homem entre duas irmãs, Clélia (falecida) e Célia. Aos 18 anos entrou direto para o curso de Filosofia e, depois, para o de Teologia, em São Paulo. Trabalhou como professor no então Seminário Diocesano, em São Vicente. Fundou junto à comunidade, em meados dos anos 70, a Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Paulo.

Cronologia

1943 - Cursou Latim e Grego enquanto terminava os estudos ginasiais;
1944 - Ingressou no Seminário Menor de Campinas;
1947 - Cursou Filosofia e Teologia no Seminário Central do Ipiranga (SP), entre os anos 1947 a 1953; licenciou-se em Teologia na Faculdade Teológica N. S. da Assunção (SP), fazendo parte da turma fundadora dessa unidade de estudos eclesiásticos;
1953 - Foi ordenado sacerdote por Dom Idílio José Soares, na Catedral de Santos; Iniciou o trabalho de evangelização no bairro Macuco (onde se localiza atualmente a Paróquia São Jorge Mártir/Santos), celebrando missas no Mercado Municipal; 1965 - Foi nomeado cônego catedrático do Cabido Diocesano de Santos por provisão de Dom idílio José Soares;
1971 – Funda a paróquia São Jorge Mártir/Santos, tornando-se o primeiro pároco; 1974 - Funda com os paroquianos o Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Paulo. Desde 1972, a juventude paroquial promovia rodas de sambas como lazer;
1975- Durante esse período, realizou atividades pastorais como pároco da Paróquia São Benedito/Santos, da Paróquia Nossa Senhora do Carmo/Santos e da Paróquia Santa Margarida Maria/Santos;
1990 - Tornou-se pároco da Paróquia São Vicente Mártir/São Vicente;
2010 - Transferiu-se para a Casa São José do Padre Idoso/Santos.

 


O corpo foi velado na na Igreja Matriz São Vicente Mártir

Foto publicada com a matéria

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