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SÃO VICENTE - BAIRROS - Núcleos habitacionais  <<-- escolha o retorno

México 70 (2)

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Matéria publicada no site do jornal santista A Tribuna em 8 de maio de 2013:

 

Equipes dos bombeiros de Santos, São Vicente, Praia Grande e Cubatão ainda fazem o rescaldo no local

Foto: Carlos Nogueira, publicada com a matéria

São Vicente

Incêndio destrói dezenas de barracos na Favela do México 70

De A Tribuna On-line

Atualizado às 9h49

Um incêndio de causas ainda desconhecidas pode ter destruído aproximadamente 100 barracos na Favela do México 70, em São Vicente. A possibilidade de um curto circuito não foi descartada

Segundo informações de populares, o fogo atingiu os primeiros barracos por volta das 3h30 desta quarta-feira. Um vizinho teria visto o início das chamas e alertado os moradores para que deixassem suas moradias. Muitas famílias perderam tudo, mas por sorte, ninguém ficou ferido.

Para conter o incêndio, que durou cerca de 2 horas, viaturas do Corpo de Bombeiros de São Vicente e de outras cidades da região foram enviadas ao local. De acordo com a corporação, cerca de 100 barracos, em uma área de aproximadamente 2 mil m², foram destruídos. Acredita-se que um curto-circuito possa ter sido o responsável pelo fogo no local.

Uma das vítimas do incêndio, Rúbia Pierrone, que mora no local há sete anos, lamentou o ocorrido. "Eu perdi tudo. Geladeira, máquina de lavar. Perdi um fogão, que estava na caixa, que o meu pai me deu. Tudo era novo. Não ficou nada".

Em entrevista à TV Tribuna, o prefeito de São Vicente Luís Cláudio Bili (PP), que está no local, informou que as famílias afetadas pelo incêndio serão removidas, provisoriamente, para uma escola pública nas proximidades da favela. "É uma pena este ocorrido. Graças a Deus, o incêndio não deixou vítimas. As famílias perderam muita coisa e nós vamos fazer com quem possam ter uma assistência num primeiro momento na escola Lúcio Martins Rodrigues, próximo ao local, e vamos saber quantos estão cadastrados nos programas habitacionais do Município. Vamos a partir daí, ver a real situação de todos, para tentar agilizar a entrega das unidades para estes cidadãos, que infelizmente perderam suas casas".

Ainda conforme o prefeito, o número exato de moradores desabrigados ainda é incerto. "Estamos no local junto com a equipe para fazer este levantamento. Vamos ter que agilizar o quanto antes a entrega de unidades habitacionais para estes moradores. Vamos pedir apoio para agilizar a entrega destas unidades, respeitando a questão do AVCB, que é o laudo dos bombeiros e a aprovação da Caixa também. Estamos correndo contra o tempo. Estamos tentando fazer o nosso dever de casa. Agora precisamos que o Estado e a União nos ajude também".

Fotos: Carlos Nogueira, publicadas com a matéria

 

No mesmo dia 8/5/2013, às 7h00, a jornalista e apresentadora da TV Tribuna, Solange Freitas, publicou em seu perfil na rede social Facebook estas fotos:


Fotos publicadas pela jornalista Solange Freitas em seu perfil no Facebook (acesso: 8/5/2013)

O site do jornal santista A Tribuna voltou a noticiar, na tarde de 8 de maio de 2013 (às 13h22 e às 12h02):

Incêndio, que começou nesta madrugada, pode ter atingido mais de cem barracos

Foto: Cláudio Victor Vaz, publicada com a matéria

Quarta-feira, 8 de maio de 2013 - 13h22

Tragédia em SV

Número de barracos destruídos no México 70 ainda é incerto

De A Tribuna On-line

O número de barracos atingidos pelo incêndio no México 70, em São Vicente, ainda é incerto. Para o chefe da Defesa Civil, César Corrêa, pelo tamanho da área atingida, acredita-se que a tragédia tenha afetado mais de 100 barracos. "O número de barracos destruídos pode ser maior. A gente não tem como contar a quantidade de barracos pelo que sobrou das estruturas, mas pelo tamanho da área, nós acreditamos que tenham mais de 100", afirmou em entrevista à TV Tribuna. O Corpo de Bombeiros estima que entre 100 e 120 moradias tenham sido destruídas pelas chamas.

Ainda conforme Corrêa, assim como o número de moradias afetadas, a causa do incêndio também é desconhecida. "A polícia técnica esteve no local e vai se pronunciar de forma mais efetiva. Porém, as pessoas falam a respeito de uma briga de casal. Os Bombeiros também trabalham com a hipótese de um curto-circuito.

Até o início da tarde desta quarta-feira, a Prefeitura de São Vicente já havia realizado 240 cadastros de moradores em programas habitacionais. Destes moradores, por enquanto, apenas 120 pessoas manifestaram a necessidade de permanecer em um abrigo. Os demais foram para casas de parentes. Os alunos da escola não terão aula no dia de hoje, e talvez amanhã, mas segundo a Secretaria de Educação, as mesmas serão repostas.

As famílias que tiveram seus barracos destruídos pelo fogo estão alojadas, provisoriamente, na escola municipal Lúcio Martins Rodrigues, na Vila Margarida.

Para conter as chamas, que tiveram início por volta das 3h30 desta quarta-feira, foram acionadas 11 viaturas dos bombeiros, que utilizaram 120 metros cúbicos de água (120 mil litros). A área devastada foi de 7 mil metros quadrados. Em números de barracos queimados, o incêndio desta madrugada só perdeu para o ocorrido em 2008, em uma região do México 70, chamada de Fazendinha. Na ocasião, foram 166 moradias destruídas.

Hoje, as doações serão recebidas na própria escola. A arrecadação continua na sede do Fundo Social de Solidariedade de São Vicente (Rua Benedito Calixto, 205 - Boa Vista). Podem ser doados roupas e cobertores, alimentos não perecíveis, leite, produtos de higiene, produtos e equipamentos, fraldas descartáveis.

Rubia, esposa de José Alberto, em meio ao cenário de destruição. Família se dividirá em casas de parentes

Foto: Carlos Nogueira, publicada com a matéria

Quarta-feira, 8 de maio de 2013 - 12h02

Incêndio México 70

"Minha família está sã e salva, graças a Deus", diz pai de três filhos

De A Tribuna On-line

A madrugada de 8 de maio de 2013 será um dia marcado para sempre na memória do porteiro José Alberto da Silva, 42 anos. A família dele foi uma das que perderam tudo no incêndio da favela México 70, em São Vicente, nesta quarta-feira. O fogo, possivelmente causado por um curto-circuito, destruiu mais de 100 barracos e deixou cerca de 600 desabrigados.

Por volta das 4 horas, José Alberto, que estava no trabalho, no bairro do Japuí, foi informado pela esposa Rubia Alexandra que a favela estava em chamas. "Liguei para os bombeiros, que disseram já estar lá, e que pediram reforço para Santos". De bicicleta, desesperado, ele deixou o emprego e foi correndo para a casa. "Queria ver a minha esposa, meus três filhos. Quando cheguei, eles estavam no meio da rua, minha esposa aos prantos, em choque".

O cenário, segundo ele, era desolador. Em meio às labaredas de mais de 20 metros, estouros e um calor excessivo, o porteiro, que mora há seis anos na favela, viu seu lar em ruínas. " Minha família está sã e salva, graças a Deus. Bem material a gente vai comprando aos pouquinhos. A vida não tem preço". Isso é o que importa, neste momento, para José Alberto, que morava no barraco com a esposa, os filhos de 4, 16 e 21 anos, e três netos (1 ano, 7 meses e 5 meses).

De acordo com ele, no domingo já havia ocorrido um curto-circuito na rua. Só não pegou fogo porque chovia forte, diz. Nesta madrugada, de novo, mas, como ventava, o fogo se alastrou muito rápido. "Os bombeiros tiveram muito trabalho para controlar. O fogo começou nas casas que ficam na parte de trás", acrescenta.

Sem festa e brinquedos - Na sexta-feira, o filho Luís Alberto completará cinco anos. "Meu pequeno perdeu todos os brinquedos, a bicicleta usada que ganhou do meu cunhado". A comemoração será para celebrar a vida, mas sem a tradicional festa. O porteiro, agora, pensa em como começar de novo. Com renda mensal de R$ 1 mil para sustentar toda a família, aguarda a sua vez em algum programa habitacional.

Nesta manhã, foi cadastrado para receber doações e ajuda da Administração. Daqui para a frente, a família ficará dividida, lamenta. Ele, a esposa e dois filhos vão para a casa do cunhado, no Catiapoã. Já a outra filha e os três netos ficarão na casa da outra avó. "Vou entregar na mão de Deus", confia. O porteiro e família esperam o auxílio da prefeitura, que anotou o telefone dele e o endereço provisório para enviar as doações.

Desabrigados e auxílio - As famílias que ficaram desabrigadas foram encaminhadas para a Escola Municipal Lúcio Martins Rodrigues, na Vila Margarida. No local, a Prefeitura de São Vicente fará um cadastro dos afetados em programas habitacionais. Parte dos moradores da Favela do México 70 também está se dirigindo para a casa de parentes. De acordo com a prefeitura, uma área de 7 mil metros quadrados da comunidade México 70 foi atingida.

Técnicos da assistência social estão fazendo um levantamento das necessidades emergenciais das famílias. Somente após o cadastro será informado o número oficial de pessoas atingidas.

Nesta manhã, o prefeito de São Vicente, Luís Cláudio Bili (PP), esteve na unidade para acompanhar a remoção das famílias para a unidade. "A princípio vamos detectar quantas famílias perderam tudo e nos esforçar para acomodá-los. Nosso trabalho vai ser para dar uma condição razoável de abrigo", esclareceu.

O prefeito informou ainda que campanhas de ajudas apra os desabrigados já estão sendo projetadas. Segundo ele, doações já podem ser feitas na própria escola, na Rua Odair Miller A. Marques, nº 434, na Vila Margarida ou no Fundo Social de Solidariedade, na Rua Benedito Calixto 205. Mais informações pelo telefone 3467-9118. Itens como roupas, alimentos e material de higiene pessoal são considerados prioritários.

Mulher e filhos estão desaparecidos - Uma mulher, conhecida apenas como Driele, que está grávida de 7 meses, está desaparecida. Ela morava em um dos barracos com dois filhos, de 4 e 8 anos. Segundo o relato de moradores, assim que as chamas se espalharam, vizinhos teriam batido na porta de seu barraco, mas ninguém abriu. Após o incêndio, a mãe, identificada como Simone, esteve no local desesperada à procura da jovem. O Corpo de Bombeiros acredita que a mulher não estava no imóvel no momento da ocorrência. Driele foi vista pela última vez na segunda-feira.

Incêndio - O fogo atingiu os primeiros barracos por volta das 3h30 desta quarta-feira. Um vizinho teria visto o início das chamas e alertado os moradores para que deixassem suas moradias. Muitas famílias perderam tudo, mas por sorte, ninguém ficou ferido.

Para conter o incêndio, que durou cerca de 2 horas, viaturas do Corpo de Bombeiros de São Vicente e de outras cidades da região foram enviadas ao local. De acordo com a corporação, mais de 100 barracos foram destruídos. Acredita-se que um curto-circuito possa ter sido o responsável pelo fogo no local. Para a Defesa Civil de São Vicente, o número de barracos destruídos pode ser maior.

Incêndio em São Vicente pode ter deixado mais de 600 pessoas desabrigadas

Foto: Carlos Nogueira, publicada com a matéria

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