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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - URBANISMO (W)
Recuperação do Centro... e nos bairros (3)

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Metropolização, conurbação, verticalização. Os santistas passaram a segunda metade do século XX se acostumando com essas três palavras, que sintetizam um período de grandes transformações no modo de vida dos habitantes da Ilha de São Vicente e regiões próximas.

Com o deslocamento progressivo das áreas residenciais nobres em direção às praias, o centro histórico de Santos passou por forte processo de degradação urbana. Só no final do século XX começou a ser feito um trabalho de recuperação daquela área de Santos, com projetos como o Alegra Centro. Os primeiros resultados desse trabalho no Centro começaram a ser observados também nos bairros, como nesta matéria, publicada na edição de 5 de novembro de 2004 do jornal A Tribuna:

Imóveis passam por recuperação arquitetônica no Campo Grande

Imóveis comerciais e residenciais, fora do centro de Santos, estão tendo suas características arquitetônicas recuperadas pelos proprietários, dando um colorido à paisagem urbana. Basta percorrer algumas ruas do Campo Grande para sentir os ares de mudança. Estímulo veio, em parte, pelo processo de revitalização do Programa Alegra Centro.


COLORIDO - Pelas ruas do bairro, casas ganham um novo aspecto
Foto: Marcelo Justo, publicada com a matéria

PATRIMÔNIO
Revitalização do Centro contagia bairros

Residências antigas de outras regiões também estão sendo restauradas

Luiz Gomes Otero
Da Reportagem

Uma revolução silenciosa está acontecendo em pontos afastados do Centro. Imóveis comerciais e residenciais estão tendo suas características arquitetônicas recuperadas pelos proprietários, dando um colorido diferente para a paisagem urbana.

Este fenômeno foi estimulado, em parte, pelo processo de revitalização do Centro Histórico, por meio do Programa Alegra Centro, desenvolvido pela Prefeitura, que lançou na manhã de ontem a sua segunda etapa, em busca de novas parcerias com a iniciativa privada.

Basta percorrer algumas vias do Campo Grande para sentir os ares de mudança. Na Rua José Clemente Pereira, existem casas antigas que tiveram suas fachadas recuperadas, assim como na Rua Teixeira de Freitas, próximo da confluência com a Rua Marquês de São Vicente.

Na Rua Duque de Caxias, 85, o proprietário reformou um imóvel, cujo andar térreo é alugado para fins comerciais, mantendo as características originais da fachada do prédio.

A comerciante Célia Kawakami se instalou no ponto comercial há cerca de um ano. Apesar de ainda não ter tido o retorno esperado, ela considerou válida a iniciativa. "Não foi só este prédio que foi recuperado. Há também outros nas ruas vizinhas. É como se estivéssemos fazendo uma viagem ao passado".

 

Paisagem urbana ganha um novo colorido

 

Na Rua Carlos Gomes, 176, o comerciante João Fernando Brunelli tomou o mesmo tipo de iniciativa, por razões sentimentais. Ele passou a maior parte da infância em uma casa existente na via. E decidiu montar, há cerca de um ano, uma loja de colchões em um imóvel alugado.

"Até os vitrais da fachada eu consegui recuperar como antigamente. Eu acho válido o que vem acontecendo no Centro. Fazendo isto, espero estar contribuindo para a preservação da história da Cidade", afirmou o comerciante.

Outro ponto que convenceu Brunelli a montar o negócio foi o aumento do fluxo de veículos, provocado pelo novo pontilhão instalado na Avenida Bernardino de Campos (Canal 2). "O volume de carros aumentou muito. Esta rua virou um corredor para quem vai até o Marapé ou para São Vicente", assinalou, acrescentando que investiu cerca de R$ 4 mil na obra.

A Padaria Pão Mandy ocupa um prédio situado na Rua Teixeira de Freitas, na altura da Rua João Caetano. O prédio data de 1927 e também mantém as características originais.

Carlos Roberto da Silva Robeiro, filho de um dos sócios do estabelecimento, explica que o prédio é alugado. "Quem vem pela primeira vez, realmente se impressiona com a fachada".

Há cerca de dois meses, o comerciante Antônio dos Santos, proprietário da Casa Santos, que comercializa bebidas e diversos utensílios domésticos, iniciou a reforma do imóvel do estabelecimento, situado na Rua Evaristo da Veiga, 169. "Percebi que, se restaurasse as características originais do prédio, teria menos despesas".

Uma parte da pintura original foi mantida na parede interna pelo comerciante, com uma espécie de moldura. "Fiz questão de fazer isso, pois ajuda a contar a história do estabelecimento".

Na Pompéia, uma casa conjugada situada na Rua Rio Grande do Norte demonstra bem a beleza da arquitetura antiga na paisagem urbana. O contraste provocado pela edificação chama a atenção de quem passa pela via.

Donos de residências situadas no Campo Grande e na Pompéia
admitem estímulo do Alegra Centro
Foto: Marcelo Justo, publicada com a matéria

Estado reformará prédio da Fazenda

Durante o lançamento da segunda etapa do Programa Alegra Centro, na manhã de ontem, na sede da Associação Comercial de Santos (ACS), foi anunciada a reforma do  prédio da Secretaria de Estado da Fazenda, na Praça da República, ao lado do prédio da Alfândega.

Foi a 15ª reunião ordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Santos. E apresentou como principal novidade a intensificação da divulgação dos benefícios fiscais para os 840 imóveis inseridos na chamada Área de Proteção Cultural (APC).

A ação conta com o apoio de entidades como o Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do Centro e a Associação dos Empresários da Construção Civil da Baixada Santista (Assecob).

Uma das iniciativas anunciadas pelo secretário municipal de Planejamento, Márcio Lara, foi a disponibilização dos inventários desses imóveis pela Internet, no site oficial do programa (www.alegracentro.com.br), em dezembro.

Elevador - A reforma do prédio da Fazenda do Estado está orçada em R$ 2,5 milhões e prevê a instalação de um elevador panorâmico e a implantação de um espaço cultural no imóvel.

Luiz Moroni, representante da Secretaria Estadual no Conselho de Desenvolvimento Econômico de Santos, explicou que a verba para a obra já foi definida no orçamento de 2005. "O projeto está em fase final de elaboração. Agora depende só da Assembléia Legislativa aprovar a execução da obra, que vai ao encontro do processo de revitalização".

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Alberto Weberman, destacou a importância de uma política habitacional para o Centro. "Precisamos trazer novamente a população para esta região, pois, dessa forma, é possível impulsionar o comércio, de forma efetiva".

Concurso - O Clube Foto Amigos de Santos está promovendo o concurso sobre o Centro Histórico e Cultural de Santos. Fotógrafos amadores ou profissionais podem concorrer com até cinco trabalhos com fotos em cores ou preto e branco, no tamanho de 15 x 21 centímetros, que devem retratar prédios e monumentos históricos, praças, vias públicas, entre outros locais.

As obras devem ser entregues até o dia 31 de janeiro de 2005 em um envelope lacrado, mencionando Concurso Revelando o Centro de Santos, na Rua Paraná, nº 156, na Vila Mathias, CEP 11.075-320.

Edifício ganhará elevador panorâmico e terá espaço cultural
Foto: Walter Mello, publicada com a matéria

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