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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - URBANISMO (V)
Transporte integrado (?) - (4)

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Metropolização, conurbação, verticalização. Os santistas passaram a segunda metade do século XX se acostumando com essas três palavras, que sintetizam um período de grandes transformações no modo de vida dos habitantes da Ilha de São Vicente e regiões próximas.

No transporte marítimo, o que parecia ser um trabalho em extinção ganhou novas dimensões, ao surgir a possibilidade do emprego turístico das tradicionais catraias da Bacia do Mercado que fazem a ligação com Vicente de Carvalho. A matéria é do jornal santista A Tribuna e foi publicada em 26 de janeiro de 2005:


Passeio de catraia terá percurso diferente do utilizado na travessia para Vicente de Carvalho, mas também passará por baixo das pontes
Foto: Paulo Freitas, publicada com a matéria

ALTERNATIVA
Catraias podem ajudar a ressuscitar Mercado

Projeto prevê uso dos barcos em passeios turísticos

Da Reportagem

As catraias que transportam passageiros entre Santos e Vicente de Carvalho podem contribuir para a recuperação da área onde fica o Mercado Municipal, na Vila Nova. Um projeto que começou a ser elaborado no ano passado prevê a criação do Catraiatur - um passeio de barco pelo canal do maior porto da América Latina.

A iniciativa de utilizar as catraias também como equipamentos de turismo partiu da Associação dos Catraieiros e da Fundação Victorio Lanza, ligada ao Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte).

A idéia é que pelo menos seis das 80 catraias que fazem a travessia entre Santos e o distrito guarujaense sejam utilizadas nos passeios turísticos.

O Catraiatur deveria ter tido início em dezembro do ano passado, mas os idealizadores não conseguiram arranjar patrocínios junto a empresas portuárias. Agora, a previsão é de os primeiros passeios sejam feitos a partir do segundo semestre.

"O dinheiro é importante porque o projeto precisa de divulgação e as catraias precisam ser adaptadas para transportar turistas", justifica o diretor da Fundação Victorio Lanza, Alexandre Nunes Affonso.

O início dos passeios foi adiado também porque havia dúvidas se o projeto não esbarraria em exigências do ISPS Code - um código internacional de segurança válido para todos os portos do mundo. Segundo Affonso, não haverá problemas quanto a isso.

Depois do Carnaval, os catraieiros que participarão do programa começarão a ser treinados para lidar com turistas. Haverá até uma cartilha, que já foi confeccionada pela associação.


Por ficar ao lado do terminal de catraias, Mercado poderá ser beneficiado 
pelos turistas que optarem por fazer os passeios
Foto: Paulo Freitas, publicada com a matéria

Revitalização - Se sair do papel, o Catraiatur será um importante atrativo turístico para uma região carente e abandonada do Centro. O entorno do Mercado Municipal sofre com a sujeira e a falta de segurança.

Para Affonso, o sucesso do passeio de catraia depende diretamente da revitalização da área. "Sabemos que a Prefeitura tem interesse em recuperar o entorno do Mercado e isso já é um bom sinal".

O prefeito João Paulo Tavares Papa concorda que a área está deteriorada, mas afirma que a recente reforma feita no prédio do Mercado valorizou a região da Vila Nova.

"Fisicamente, ele já foi recuperado. Agora, vem o mais difícil: trazer vida para o Mercado e seu entorno. Temos que ressuscitar o Mercado. A idéia é transformá-lo em um pólo de novas atividades, não apenas de venda de frutas e verduras, mas de artesanatos, antigüidades", explica o prefeito.

  

Parceria envolve universidade e entidade de catraieiros

  

Alternativas - A pedido de Papa, técnicos da Prefeitura já estão estudando parcerias com organizações não governamentais visando encontrar alternativas capazes de atrair público e transformar o local em algo parecido com o Mercado Municipal de São Paulo e de outras capitais brasileiras.

"O Beto (Mansur, ex-prefeito) conseguiu recuperar o Mercado. Ficou ótimo. Só que não tem vida. Aqueles comerciantes estão sofrendo e só estão ali por causa de uma tradição que passa de pai para filho. Dá tristeza de ver as poucas bancas que ainda estão funcionando".

Se conseguir, de fato, transformar a área do Mercado em um ponto de visitação turística, a Prefeitura não descarta a hipótese de transferir o Restaurante Popular, que ainda não começou a funcionar, para outro lugar que não seja o Mercado. "Faríamos isso para uma atividade não entrar em conflito com a outra", explica Papa.


Catraieiros começam a receber treinamento em fevereiro
Foto: Paulo Freitas, publicada com a matéria

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