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Litoral Paulista, Segunda-feira, 25 de Setembro de 2000

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Meio de transporte simboliza cordialidade

Da Reportagem

Leopoldo Figueiredo

  Símbolo de cordialidade, aventuras e de uma época que Santos quer relembrar, os bondes voltam às ruas da Cidade despertando lembranças e emoções. É o caso do funcionário público há 41 anos, Secundino Perez, com 72 anos. De 1959, quando foi contratado até 1971, ano da desativação do serviço, ele trabalhava como condutor. Na última semana, foi convidado para dar uma volta no novo bonde. Para surpresa de todos, ele se negou.

  ‘‘É muita emoção. Preferi ficar no chão mesmo. Minhas pernas começaram a tremer e não conseguiria dar um passo’’.

  Perez começou a trabalhar como condutor devido a sua idade. Quando foi contratado pela SMTC (Serviço Municipal de Transportes Coletivos), tinha entre 18 e 19 anos. ‘‘Era necessário carta de trânsito de bonde, que exigia idade mínima de 21 anos’’, conta.

  ‘‘Mas a função do motorneiro, quem dirigia, era secundária. Cabia ao condutor quase tudo no bonde — contar e cobrar a passagem das pessoas, avisar da proximidade dos pontos de parada, mandar o pessoal tomar cuidado com curvas’’.

  Secundino Perez lembra que o serviço não era muito procurado devido a suas exigências e ritmo. ‘‘Você não parava. Ficava controlando quem entrava e saía’’.

  Também existiam normas nos bondes. Nos primeiros bancos, por exemplo, era proibido fumar. ‘‘Ventava muito nos carros e, se alguém estivesse tragando um cigarro, quem fosse atrás recebia a fumaça’’.

  Para Perez, ‘‘os bondes marcam uma época em que as pessoas eram mais educadas e havia maior respeito’’.

  Santos — Santos foi a primeira cidade do Estado a ter bondes, que chegaram em 1872 (23 anos após o Rio de Janeiro, o primeiro município da América Latina a ter essa tecnologia). A primeira companhia que oferecia o transporte nos carris urbanos era de Domingos Monteiro, que obteve a concessão de exploração em 1970 e criou linhas do Centro ao Boqueirão. Na época, os bondes eram puxados por burros.

  O transporte marcou o início da ocupação do Gonzaga e da Vila Mathias. O serviço começou a se ampliar em 1º. de julho de 1887, com a inauguração de uma linha do Centro a atual Vila Mathias, explorada por Mathias Casemiro Alberto da Costa (que, anos mais tarde, daria nome à região). Dois anos depois, criava o trajeto até a praia pela Avenida Ana Costa.

  Os carros elétricos surgiram neste século, em 28 de abril de 1909, a cargo da The City of Santos Improvements Company Ltda. A maior parte dos bondes partia do Centro, indo para os diversos bairros da Cidade (veja quadro ao lado). Santos teve a maior frota da América Latina, 220 carros, que percorriam 144 quilômetros de trilhos.

  Extinção — O serviço foi extinto em 28 de fevereiro de 1971, com a última viagem do carro 258, da Linha 42. Na época, o interventor da Cidade, general Clóvis Bandeira Brasil optou pela substituição do meio de transporte por uma frota de ônibus, orientação recebida do Governo Federal — fruto da atuação de lobistas de montadoras de ônibus multinacionais, comentam diversos funcionários da CSTC.

  Após a desativação, o superintendente da SMTC, general Aldévio Barbosa de Lemos, chegou a ordenar a destruição de todos os carros a marretadas, para garantir que não voltariam a ser utilizados.

  ‘‘Bond’’ — Os problemas financeiros do Império acabaram por originar o nome do novo meio de transporte da época. Inicialmente, os bondes eram conhecidos como carris urbanos, e só tiveram esse nome em 1870.

  Segundo informações da Prefeitura do Rio de Janeiro, a segunda empresa no País, de propriedade do Barão de Mauá, a explorar o serviço, a Botanical Garden Rail Road Company, tinha dificuldade na cobrança da passagem — que custava 200 réis (valor cunhado em moedas de prata).

  Na época, eram raras as moedas desse valor. Entretanto, tinham uma maior circulação as notas de mil réis. Assim, a companhia passou a emitir cartelas com cinco passagens cada, no valor de mil réis.

  Em cada bilhete, havia o timbre do carril urbano e a palavra bond. Em inglês, o termo significa cupom (a impressão do material era feita nos Estados Unidos). Com o tempo, os usuários passaram a chamar aquele meio de transporte de bond, logo aportuguesando para bonde.

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