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I-DÉIAS
Neruda

 

Um dos maiores poetas sulamericanos, Pablo Neruda deixou belos trabalhos, que na Internet ganharam nova formatação, com sons e imagens. Como neste arquivo, que a internauta Maria Abigail Apolo da Silveira recebeu de Eliana Bertorello e repassou a Novo Milênio em 26/7/2003.

Confira se o seu antivírus está atualizado, clique aqui ou na imagem abaixo para obter a apresentação em PowerPoint (515 kb, criada em 4/7/2002 por Elaine/Rogério), ligue o som no micro e... siga as "instruções"!

Clique na imagem para obter o arquivo da apresentação PowerPoint

Anos depois da divulgação deste vídeo, soube-se que os versos citados como de Pablo Neruda, talvez em tradução, foram na verdade criados pela escritora brasileira Martha Medeiros. Fica a correção, porém mais importante que o autor - no caso, a autora -, é a mensagem, por si mesma.

Neruda foi tão amigo de seus amigos que morreu 11 dias depois da morte de seu amigo, o presidente chileno Salvador Allende (Allende morreu no golpe militar do general Pinochet, que atacou o palácio La Moneda, em Santiago do Chile). Dele são estes versos:

Amigo
Pablo Neruda

Amigo, llévate lo que tu quieras,
penetra tu mirada en los rincones,
y si así lo deseas, yo te doy mi alma entera,
con sus blancas avenidas y sus canciones.

Amigo, con la tarde haz que se vaya
este inútil y viejo deseo de vencer.
Bebe en mi cántaro si tienes sed.
Amigo, con la tarde haz que se vaya
este deseo mío de que todo el rosal me pertenezca.
Amigo, si tienes hambre come de mi pan.

Todo, mi amigo, lo he hecho para ti. Todo esto
que sin mirar verás en mi estancia desnuda:
todo esto que se eleva por los muros derechos
- cómo mi corazón - siempre buscando altura.

Te sonríes, amigo. ¡Que importa! Nadie sabe
entregar en las manos lo que se lleva adentro,
pero yo te doy mi alma, ánfora de mieles suaves,
y todo te lo doy... Menos aquel recuerdo...
...Que en mi heredad vacía aquel amor perdido
es una rosa blanca que se habré en el silencio...

O mesmo texto, em tradução livre, por Novo Milênio:

Amigo, leva o que quiseres,
penetra teu olhar nos recantos,
e se assim o desejas, te dou minha alma inteira,
com suas brancas avenidas e suas canções.

Amigo, com a tarde faz que se vá
este inútil e velho desejo de vencer.
Bebe em meu cântaro se tens sede.
Amigo, com a tarde faz que se vá
este desejo meu de que toda a roseira me pertença.
Amigo, se tens fome come de meu pão.

Tudo, meu amigo, fiz para ti, Tudo isto
que sem ver verás em minha estância nua:
tudo isto que se eleva pelos muros direitos
- como meu coração - sempre buscando altura.

Sorris, amigo. Que importa! Ninguém sabe
entregar nas mãos o que se leva por dentro,
mas eu te dou minha alma, ânfora de méis suaves,
e tudo te dou... Menos aquela recordação...
...Que em minha fazenda vazia aquele amor perdido
é uma rosa branca que se abre em silêncio...