Clique aqui para voltar à página inicial  http://www.novomilenio.inf.br/humor/0204f001.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 04/15/02 23:06:37
FEBEANET
Holocausto na Palestina

Indesculpável por ser praticado por um povo que conhece bem o significado da palavra, aprendido nos campos de concentração nazistas, o verdadeiro Holocausto praticado pelos israelenses na Palestina tira toda a autoridade moral que Israel poderia ter para fazer suas reivindicações em relação aos territórios ocupados pelos palestinos.

Ambulância palestina metralhada por Israel. Imagem: captura de tela - Rede Globo de Televisão - 15/4/2002 - 20h19 Repórter mostra seu veículo atacado por Israel. embora identificado. Imagem: captura de tela - Rede Globo de Televisão - 15/4/2002 - 20h21
Não adianta as Nações Unidas aprovarem seguidas resoluções instruindo Israel a interromper imediatamente as atividades bélicas na Cisjordânia, ou Estados Unidos, os países europeus (para não citar toda a comunidade árabe) - e de forma geral a comunidade internacional fazerem apelos pela paz (ou ao menos pela trégua) entre palestinos e israelenses.

Não adiantam os apelos dos intelectuais israelenses e até de membros do próprio governo de Israel, para que sejam respeitados os direitos humanos dos civis palestinos e os templos das várias crenças ou os monumentos considerados Patrimônio da Humanidade. O primeiro-ministro Ariel Sharon passa com seus tanques sobre tudo, não respeitando sequer as equipes médicas ou da imprensa devidamente identificadas. 

Apesar das tentativas israelenses de silenciar a imprensa internacional, proibindo a entrada de jornalistas em várias das cidades palestinas ocupadas, chegam seguidas notícias de barbaridades cometidas pelos soldados judeus na Cisjordânia, com a morte não apenas de presumidos terroristas palestinos, mas de crianças dentro de suas casas e doentes nos hospitais. 

Nas cidades invadidas por Israel, como Nablus, as pessoas sem alimentos estão proibidas de sair de suas casas, os médicos não podem buscar remédios para os doentes, que estão morrendo e sendo enterrados nos jardins dos hospitais - pois os militares israelenses não permitem sequer a retirada dos corpos. Mesmo em campos de refugiados. o governo de Israel está sendo acusado de promover massacres de palestinos, como em Jenin.

Jornalistas brasileiros em meio aos tiros israelenses. Imagem: captura de tela - Rede Globo de Televisão - 15/4/2002 - 20h20 Jornalistas brasileiros sob fogo israelense do tanque à frente. Imagem: captura de tela - Rede Globo de Televisão - 15/4/2002 - 20h22
Uma demonstração dos absurdos praticados pelo exército israelense ocorreu no dia 15/4/2002, quando os jornalistas - enfim autorizados a visitar Nablus com a suspensão momentânea do toque de recolher - foram alvos das armas israelenses, como uma equipe da Rede Globo de Televisão, quase morta ao deixar a cidade num carro perfeitamente identificado, alvejado por atiradores de um tanque de Israel.

Atitudes como essa apenas dão razão aos palestinos, quando argumentam que não dá para comparar um palestino que morre explodindo uma bomba com o bombardeio de cidades inteiras e outros atos de guerra (mesmo não declarada oficialmente) cometidos pelos militares israelenses.  

Patrimônio da Humanidade semi-devastado por Israel, em Nablus. Imagem: captura de tela - Rede Globo de Televisão - 15/4/2002 - 20h19
Ao mesmo tempo em que Israel retira tropas e tanques de uma cidade e ocupa outra, seus militares continuam sitiando a Igreja da Natividade, em Belém (local sagrado para os cristãos, por ser considerado o local do nascimento de Cristo). Um dos palestinos ali abrigados foi morto por um atirador israelense, e parte do complexo foi incendiado. Em Ramallah, o chefe da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, continua sitiado em seu quartel general semi-destruído pelos tanques israelenses.

Mais grave que a besteira de Hitler, por ser praticada por quem já conhece - e faz questão de lembrar sempre, neste caso com toda a razão - seus terriveis efeitos, esse verdadeiro Holocausto da Palestina se inscreve neste Festival de Besteiras que Assola a Internet (Febeanet) por demonstrar que, embora no século XXI, a Humanidade continua refém de figuras como Ariel Sharon. Que merece ser julgado em um tribunal semelhante ao de Nuremberg. Pois, mais que uma besteira, o que o governo de Israel está fazendo é cometer uma série de crimes de guerra, claramente tipificados, ignorando todas as convenções internacionais, inclusive a de não atacar populações civis.

Veja mais:
Internet reclama dos ataques à Palestina
Guerra Israel-Palestina tem manifesto na Net
 
Texto que circulou amplamente pela Internet brasileira em 12/4/2002, sendo enviado a autoridades e órgãos de imprensa, inclusive por Novo Milênio:
"Ataques de Israel são crimes de guerra", diz Noam Chomsky
Ataques foram criticados por ativista americano

O lingüista e ativista político americano Noam Chomsky define os ataques de Israel a territórios palestinos como crimes de guerra. "Trata-se da continuação de 35 anos de crimes de guerra", afirmou Chomsky, em entrevista exclusiva à BBC, referindo-se à guerra de 1967, quando Israel ampliou suas fronteiras, anexando territórios palestinos e de países vizinhos.

Segundo Chomsky, que é considerado um dos críticos mais ferrenhos do governo americano, se os Estados Unidos realmente quisessem, forçariam Israel a se retirar dos territórios palestinos e patrocinariam uma solução para o conflito no Oriente Médio.

"Se os Estados Unidos sentirem que as atrocidades israelenses estão produzindo problemas para os seus interesses e a sua política externa, simplesmente dirão ao primeiro-ministro Ariel Sharon que já basta, e Israel se retirará porque segue as ordens dos Estados Unidos". A seguir, os principais trechos da entrevista.

Crimes de guerra

BBC - O que o senhor pensa da forma que Israel está conduzindo sua campanha nas áreas palestinas?

Noam Chomsky - São crimes de guerra. De fato, trata-se da continuação de 35 anos de crimes de guerra. O mundo inteiro, inclusive os Estados Unidos de forma oficial, aceita que a Quarta Convenção de Genebra (estabelecida em 1949 com o objetivo a proteger populações civis em caso de guerra) pode ser aplicada para Israel quando ocupa territórios palestinos.

Apenas em dezembro (de 2001), os países signatários, incluindo os europeus, condenaram Israel por violar a Convenção de Genebra com seus assentamentos ilegais e uma série de atrocidades mencionadas por eles, tudo isso respaldado pelos Estados Unidos.

Os Estados Unidos nunca rechaçaram de forma oficial essa aplicação da Convenção de Genebra, que remonta a 1971 quando George Bush (pai do presidente George W. Bush), como primeiro embaixador (dos Estados Unidos) na ONU, condenou Israel por violar as Convenções de Genebra.

E isso aconteceu muito antes da enorme expansão das atrocidades.

BBC - O senhor acredita que o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, poderia ser julgado por um tribunal internacional?

Chomsky - Sim. Ele, assim como todos os seus antecessores e todos os líderes políticos americanos dos últimos 30 anos, podem ser chamados a um tribunal internacional porque Israel faz tudo com o crucial apoio econômico e militar dos Estados Unidos.

Na realidade, os Estados Unidos têm a obrigação, como um dos signatários da Convenção de Genebra, de processar judicialmente qualquer violação (dessas convenções). E isso significa julgar seus próprios líderes.

BBC - O que senhor pensa sobre os apelos do presidente George W. Bush para o governo israelense retirar suas tropas dos territórios palestinos?

Chomsky - Isso é marginal. Muito mais significativo do que isso foi, por exemplo, ter vetado a resolução do Conselho de Segurança da ONU que pedia observadores internacionais para supervisionar a redução da violência 
(entre israelenses e palestinos).

Atualmente, o governo Bush tem problemas táticos, como conseguir apoio para seu plano de atacar o Iraque.

Por causa disso, os Estados Unidos fizeram dois pedidos: que os palestinos acabem imediatamente com a violência, e que Israel se retire, não dos territórios, mas das novas áreas que ocupou recentemente em meio a atrocidades terríveis. E deve fazê-lo "sem demoras". O secretário de Estado americano, Colin Powell, explicou que "sem demoras" significava o mais rápido possível. Em outras palavras, quando eles quiserem.

BBC - O senhor acredita que os Estados Unidos possam tomar ações mais concretas para pressionar Israel?

Chomsky - Essa é uma questão tática. Se os Estados Unidos sentirem que as atrocidades israelenses estão produzindo problemas para os seus interesses e a sua política externa, não pressionarão Sharon, simplesmente lhe dirão que já basta. E ele se retirará, porque Israel segue as ordens dos Estados Unidos."

BBC - Qual poderá ser o futuro de Yasser Arafat?

Chomsky - Isso depende dos Estados Unidos, que têm uma influência decisiva nessa região e na maior parte do mundo. Se os Estados Unidos continuarem bloqueando uma solução diplomática - como tem feito nos últimos 25 anos -, seu futuro é cinzento.

Em Oslo, as condições eram muito específicas. A meta dos acordos de Oslo era estabelecer uma "dependência neocolonial permanente para os 
palestinos". Estou citando as palavras do chefe da delegação de negociação israelense.

Se Arafat quiser desempenhar esse papel (de supervisionar uma "dependência neocolonial permanente"), os Estados Unidos o aceitarão. Caso contrário, não.

BBC - Qual deve ser o papel da comunidade internacional nas circunstâncias atuais?

Chomsky - Devemos evitar o termo comunidade internacional, porque é usado de forma propagandística para se referir aos Estados Unidos e seus aliados.

As ONU (Organização das Nações Unidas), a real comunidade internacional, deve buscar implementar as propostas de janeiro de 1976 e não permitir que Estados Unidos e Israel façam o que quiserem.

É claro que não é fácil para o resto do mundo se opor a uma superpotência que tem uma força militar avassaladora e um enorme poder econômico.

BBC - O que deve acontecer com o Iraque na sua opinião?

Chomsky - Suspeito que os Estados Unidos e a Grã-Bretanha encontrarão uma maneira de atacar o Iraque. Acho que devemos ter clareza sobre as razões (de um eventual ataque). As apresentadas por Blair (o primeiro-ministro britânico, Tony Blair), Bush, Clinton (o ex-presidente Bill Clinton) e outros não podem ser verdadeiras.

Lemos todos os dias que Saddam Hussein é um criminoso terrível, que usou armas químicas contra o seu próprio povo e está tentando desenvolver armas de destruição maciça. Isso tudo é verdade, mas omite o pequeno detalhe de que ele fez isso com o total apoio dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, e o apoio se manteve depois de seus piores crimes.

O Iraque tem as maiores reservas de petróleo do mundo depois da Arábia Saudita, e mais cedo ou mais tarde os Estados Unidos e a Grã-Bretanha vão fazer algo para voltar a controlá-las.

Texto que circulou pela Internet brasileira em 10/4/2002, quando foi recebido por Novo Milênio.  Obs.: Não há elementos suficientes para confirmar a autenticidade dos fatos, dado o clima de guerra e censura à imprensa na área em conflito:
Sent: Wednesday, April 10, 2002 7:41 AM
Subject: Fw: Ressurreição de Hitler !!!!

Relatos de crueldade em Jenin/Palestina
15:09 09/04/2002
Agência EFE

O único som que se ouviu esta noite no campo de refugiados de Jenin "foram os gritos e choros das crianças entre os bombardeios", disse a refugiada palestina Muhadiha Abo Jelamih em conversa telefônica com a EFE.

----------

Muhadiha, de 53 anos, relatou o que está acontecendo desde que, há seis dias, o Exército invadiu o campo de refugiados de Jenin.

"Os soldados entraram em minha casa. Nos puseram contra uma parede com os braços para trás da cabeça e revistaram todos os quartos".

"Depois - prosseguiu - me pegaram e colocaram uma arma sobre meus ombros para me usar como escudo humano. Quando meu filho tentou me defender, dispararam contra ele. O corpo do meu filho ficou cheio de balas", disse.

"Depois - disse - colocaram de novo a arma sobre o ombro e me levaram para a rua e dispararam contra vários homens. Os mataram com a arma sobre meu ombro".

"Agora não posso ouvir com meu ouvido esquerdo que também sangra 
constantemente", assegurou Muhadiha Abo Jelamih.

"Na rua" - continuou a mulher - "vi três corpos de meus vizinhos nos arredores de sua casa".

"Vi também os soldados tirando fotos ao lado do cadáver de um palestino".

"E - explicou -, quando os tanques avançam pelas ruas, arrastam os corpos estendidos no chão".

"Há muitos feridos estendidos pelas rua porque as ambulâncias não chegam e o avanço dos tanques lhes corta as mãos, pernas e braços. Por isso, há muitos, muito, graves".

"Quando cai a noite o único som que se escuta são os choros e os gritos das crianças entre os bombardeios".

"Minha neta de 6 anos, que antes era muito falante e ativa, agora não fala. Viu seu pai morrer e a mim ser utilizada como escudo humano", relatou.