O epílogo da
revolução
Sepultura de um herói tombado
no campo da luta constitucionalista. Ele lutou bravamente para que o Brasil tivesse um governo que soubesse respeitar a
liberdade do povo acima de tudo
Como toda epopéia, a de 9 de julho também teve o seu epílogo. Num
dia de novembro de 32, a bordo do navio Pedro I, do Lóide Brasileiro, foram embarcados, com destino a Lisboa, os líderes
da Revolução Constitucionalista. Lá estavam todos os chefes que lutaram bravamente à frente de patriotas entusiastas, pela
reconstitucionalização do País. Militares e civis, unidos por um único e sacrossanto ideal - a redemocratização do Brasil -
deixavam esposa, mãe, filhos e amigos, mas não ser curvaram por um instante às conseqüências dos seus atos.
A legenda torna-se
desnecessária
Ainda naquele mesmo mês, num domingo, dia 27, numa modesta pensão
da Rua Branchamp nº 40, na capital portuguesa, reuniam-se o general Klinger e seus comandados, para ouvir a mensagem de
confiança dos chefes políticos de maior prestígio no Brasil. Era seu portador o sr. Batista Luzardo. Trazia uma palavra de
ordem: "Não devemos cruzar os braços diante da ditadura e do revés das nossas armas". Era mais uma centelha que se acendia,
animando corações e revigorando consciências. Apenas uma centelha...
M.M.D.C. - Saudade! Exaltação!
Patriotismo! Bravura! Heroísmo! Vibração!
É o que representaram aquelas quatro letras.
Com elas, foram escritas páginas imorredouras da História de um país que
anseia por ser livre
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