Clique aqui para voltar à página inicialESPECIAL: Revolução de 1932
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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 07/09/03 13:06:27

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A revolução em fotos (16)

Nestas páginas, são mostradas as fotos apresentadas pela primeira vez pela antiga revista O Mundo Ilustrado, do Rio de Janeiro, em edição especial comemorativa dos 22 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, publicada em 7 de julho de 1954, mantidas as legendas e os textos que acompanhavam essas imagens (a revista não citou os autores das fotos):

Grupo de oficiais revoltosos. Alguns já morreram

O HERÓI DO TÚNEL - Antonio Paiva de Sampaio é um bravo. Remanescente de Canudos, valente como o quê, o chamado herói do Túnel, embora nascido no Rio Grande do Sul, alistou-se nas fileiras revolucionárias logo na primeira hora do movimento. Neto do famoso general Sampaio, patrono da infantaria brasileira, valente cabo-de-guerra, herdou de seu avô as qualidades indispensáveis a um verdadeiro soldado. E esse homem extraordinário, hoje encanecido, cercado pelo respeito de seus concidadãos e pelo afeto de seus familiares, no aconchego de seu lar, entre o documentário irrefutável de seus feitos heróicos, volve a vista para o passado e nos fala.

"Depois da guerra do Paraguai e de Canudos, o maior episódio militar verificado no Brasil foi a resistência do Túnel. Dutra comandava cerca de sete mil homens e do lado de cá eu e meus bravos companheiros não éramos mais de dois mil e quinhentos. Sob verdadeiras chuvas de granadas e balas de fuzil, passamos muitos dias e noites. Ninguém deu mostras de fraqueza. Severo Fournier, Saldanha da Gama e João Batista Prado escreveram, com sangue, no Túnel, lindas páginas de heroísmo.

"João Batista Prado, gravemente ferido, nas bascas da morte, ainda teve forças para me dizer: 'São Paulo merece muito mais'. Para dificultar o avanço dos comandados de Dutra, colocamos na boca do túnel uma locomotiva. A tática foi eficiente e provocamos muitas baixas no inimigo. Os meus comandados eram assistidos, a todo instante, pelas damas paulistas. Que mulher extraordinária é a paulista! Cozinhavam, lavavam e cuidavam dos feridos. Sempre com um sorriso a bailar nos lábios, fortaleciam o ânimo dos combatentes.

"Não posso, nem devo, citar fatos isolados. Todos foram grandes. Magníficos soldados. Patriotas, valentes, aguerridos e humanos. Orgulho-me de ter comandado um pugilo de homens excepcionais. Perdemos quatrocentos e cinqüenta homens. Homens na verdadeira acepção do vocábulo. Que Deus tenha suas almas sob sua santa guarda. O sacrifício desses heróis redundou em algo de benéfico para o Brasil. O objetivo foi alcançado e eu vivo feliz por isto".

Médicos da revolução cercam Júlio de Mesquita Filho

 

A artilharia montada desfila garbosa ante a multidão

 

Ainda sem farda, preparam-se os voluntários

 

Metralhadora antiaérea feita em São Paulo