Uma das preocupações do pequeno empreendedor na Internet é a concorrência. A grande concorrência. Muitos apostam que no futuro a Internet só terá lugar para duas ou três livrarias gigantes, duas ou três lojas de CD imensas, e assim por diante. O sucesso e a velocidade de crescimento de uma Amazon.com, por exemplo, tem levado muitos a desistir da corrida. Mas será que não existe lugar para o pequeno e médio empreendedor?

Nichos - Acredito que será difícil para um livreiro concorrer com empresas como Amazon.com, mas se ele for especialista em um determinado nicho, vender livros de um determinado assunto, e oferecer informações e suporte que o gigante não consiga oferecer, certamente conquistará seu lugar.

Pense naquele feirante que consegue atrair toda a freguesia do bairro, enquanto seu colega ao lado, vendendo a mesma mercadoria, não faz o mesmo sucesso. É a pessoa, o tratamento, a conversa e as características, impossíveis de serem transferidas, que fazem um comércio ser diferente do outro. 

Assim como acontece na feira, as mesmas regras valem para se fazer notar entre milhões de "barracas" virtuais. Não basta vender o produto na Internet. É preciso que o vendedor "se venda". É a imagem do negócio que fará a diferença. E na hora de se fazer conhecido, a Internet dá recursos para que o pequeno criativo consiga se promover, fazendo muito barulho com pouco recurso.

(*) Mário Persona é consultor, escritor e palestrante. Esta crônica faz parte dos temas apresentados em suas palestras. Edita o boletim eletrônico Crônicas de Negócios e mantém endereço próprio na Web, onde seus textos estão disponíveis.