No próximo domingo, pelo menos duas crianças nada comportadas ficarão sem games e outros divertimentos, informatizados ou não. Porém, nem o Pimentinha (também conhecido como Denis O Travesso) pode se gabar de ter criado tanta confusão como elas, que conseguem bagunçar o clima no mundo inteiro. Trata-se de El Niño e de sua companheira de bagunça La Niña, que por isso mesmo têm muitas páginas especialmente dedicadas às suas desordens - excepcionalmente fortes neste período, aliás.
 

Na verdade, ambos são dois fenômenos meteorológicos, e ganharam esses nomes (que significam menino e menina em espanhol) porque o El Niño foi primeiro observado por pescadores sulamericanos no Oceano Pacífico perto do Natal, a época em que os cristãos comemoram a chegada do Menino Jesus. La Niña surgiu depois, como denominação do fenômeno inverso do El Niño. Ou seja, a menina faz sua bagunça no clima de toda a Terra sempre que o menino some. Agora, por exemplo, é tempo de El Niño, e os problemas começaram em fevereiro, podendo prosseguir por mais um ano, sendo sentidos inclusive na Baixada Santista - que registrou possivelmente o inverno mais ameno do século e em setembro, além das chuvas incomuns, teve dias de calor recorde.

Secas, enchentes, calor, trovoadas e chuvas, fortes ventos e até terremotos são alguns dos fenômenos relacionados com El Niño, que também pode continuar em atividade por mais dois ou três anos: os cientistas esperavam sua chegada para dezembro, apareceu em maio e com tal força que tem assustado muita gente: hoje, ninguém mais consegue prever até quando El Niño continuará ativo.

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