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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 12/24/01 17:45:39
Bips 

Speedy leeerdo - Por conta da falta de gente especializada (a Telefônica despediu boa parte do pessoal que detinha a base de conhecimentos da Telesp, ao assumir o controle dessa empresa) e da forma atabalhoada com que passou a implantar a nova tecnologia de acesso à Internet em banda larga, a operadora de telefonia consegue a proeza de ter usuários bastante satisfeitos com o Speedy em paralelo com parcela considerável daqueles que têm ganas de atirar o modem pela janela. 

Uns tiveram a sorte de ter como instaladores pessoas que conhecem do assunto. Outros caíram nas mãos de funcionários que conhecem apenas superficialmente o produto e fazem instalações erradas. Para complementar, não há uma bateria de testes que cubra os principais pontos de falha na instalação, então o usuário que se vire - ainda mais que sempre dá para dizer aos mais inexperientes que a culpa é do computador do usuário.

O editor de Novo Milênio teve a oportunidade de acompanhar um desses atendimentos, em um importante escritório de advocacia de Santos. Ali, a conexão ao Speedy era lenta e instável: como exemplo, a página principal do portal Terra (pertencente à Telefônica, responsável pelo Speedy), em diversas chamadas era dada como inexistente ou indisponível. Chamado o técnico, a conexão foi testada por uns 40 minutos, sem falha. Quando o técnico da Telefônica se preparava para ir embora, enfim a falha ocorreu.

Sorte do usuário: como a falha congela o sistema para o assinante, o técnico teve a oportunidade de contatar a central do Speedy na capital paulista para que verificasse o estado da conexão. Foi descoberto o erro: um parâmetro de configuração nos roteadores estava errado, e o erro só podia ser descoberto quando determinado conjunto de situações ocorresse, acionando tal parâmetro.

Como esse, há muitos outros parâmetros afetando as instalações de outros assinantes, que por falta de uma política de qualidade e testes por parte da Telefônica ficarão dependendo da "sorte" do usuário em ter um técnico da empresa verificando o sistema no momento em que o defeito se caracterizar.

Cláusulas - A propósito, os assinantes insatisfeitos já estão se reunindo, formando grupos e sites de protesto e até mesmo contratando advogados para questionar as cláusulas do contrato de adesão e a própria prestação do serviço. 

Um dos pontos controversos é a exigência de o usuário contratar (e pagar) um provedor de acesso, sob ameaça de cancelamento do acesso (não consta nos contratos do serviço, pelo menos nos iniciais, e o fato é que o Speedy já é em si um acesso à Internet, não havendo necessidade técnica de se contratar um provedor intermediário).

Também é questionada a cláusula que garante ao assinante apenas 10% da largura de banda contratada. Ou seja, quem contrata acesso de 256 Kbps só tem garantia de 25,6 Kbps, metade do que obtém com um modem padrão de mercado para acesso discado. A cláusula é considerada abusiva, ainda mais num contrato de adesão que o usuário não tem como negociar, mesmo porque o contrato costuma seguir semanas depois pelo correio. Como se esperava que a Telefônica oferecesse bem mais que o mínimo e isso geralmente não ocorre, tem muita gente querendo (e com razão!) pagar apenas 10% do valor contratado...

Tênis ou carro? - "Do pára-choque à traseira, o novo tênis da Adidas lembra em tudo o veículo alemão. Para desenvolvê-lo, os designers da Audi usaram a mesma técnica de fabricação do carro, de dentro para fora, e com 32 moldes em argila", refere-se a divulgação da própria empresa no lançamento do tênis Audi TT, aliás, Kobetwo (Audi TT é o nome do carro...), lembrando que normalmente são usados apenas quatro moldes. E você não leu errado, os designers são os mesmos que desenvolveram o projeto do carro. O nome Kobetwo é uma homenagem ao astro do basquete da liga norte-americana NBA, Kobe Bryant, também o mais jovem jogador a ingressar nessa liga: o tênis foi projetado para máxima performance dos usuários em quadras de basquete.

Vale a descrição do produto: "Como o Audi TT, o Kobetwo possui linhas contínuas e superfícies limpas. A parte da frente do calçado é baseada no design da grade do radiador, enquanto o pára-choque frontal do carro e a área junto ao calcanhar também são bem parecidos com a traseira do Audi TT. O cabedal é revestido em couro sintético resistente, com um visual levemente metalizado, lembrando a pintura do automóvel. A entressola do Kobetwo fica escondida na parte interna do calçado e a cobertura do cadarço com fecho de zíper contribuem com seu desenho minimalista, com poucas emendas e costuras. O solado tem desenho que garante tração máxima e ainda traz a tecnologia Torsion - sistema que mantém o movimento natural dos pés, o que reduz o risco de lesões e garante estabilidade e suporte."